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Eu assumo: Mesmo sendo otaku (seria mais certo dizer otome?) a um tempo relativamente pequeno, já me considero uma fangirl do estúdio BONES: duas excelentes adaptações de Fullmetal Alchemist e um quase-perfeito Darker Than Black fizeram minha cabeça (aliás, no meu status de CLAMPista, preciso assistir Angelic Layer, que está mofando aqui no PC ^^"). Com a conclusão de Gosick, minha admiração pelo estúdio e confiança em sua competência só se reforçam.
Isso significa que Gosick é excepcional? Bem, não. Gosick é um anime bom, com alguns momentos medianos, desenvolvimento de personagens em boa medida e animação que merece destaque.
-Para quem não conhece...
Gosick é um anime de 24 episódios produzido pelo estúdio BONES. Começou a ser transmitido em janeiro deste ano (2011) e é a adaptação televisiva de uma série de light novel escrita por Kazuki Sakuraba e ilustrada por Hinata Takeda.
A história começa com a chegada do jovem japonês Kujo Kazuya ao país de Saubure, que está fazendo intercâmbio. Isolado de seus colegas por ser relacionado à lenda do "Ceifador da Primavera", Kujo acaba conhecendo uma garota de cabelos dourados que vive no alto da torre da biblioteca. Esta é Victorique de Blois, uma garota meio arrogante porém extremamente inteligente, que encontra em mistérios uma forma de passar seu tempo. Mesmo que seja para resolvê-los e deixar todos os méritos com seu irmão, o inspetor de polícia Grevil de Blois.
E essa é a impressão inicial: uma série de mistérios a lá Sherlock Holmes, em que Sherlock é transformado numa garota moe e o Dr.Watson é um estudante japonês de intercâmbio. Mas as coisas aos poucos se mostram diferentes, tanto em aspectos positivos quanto negativos.
-Pontos Positivos e Negativos
Ninguém pode negar: logo no primeiro arco, em que os protagonistas se envolvem no mistério do navio assombrado Queen Berry, dá para notar que não estamos lidando com uma série forte em mistérios. A sensação só se intensifica com o passar dos episódios: os arcos seguintes vão se mostrando cada vez menos elaborados, situação que só muda um pouco a partir do arco do alquimista Leviathan, que se inicia no episódio 13.
Porém, da mesma forma que Gosick desconstrói a ilusão de se tornar uma série de mistérios ricos, outros aspectos vão se desenvolvendo para substituí-la. Um deles é o desenvolvimento dos personagens, que vai mostrando as várias dimensões da personalidade de Victorique (Kujo não se destaca pelo alto desenvolvimento, preciso dizer) e suas constante transformação ao estreitar laços com aquele que se torna seu primeiro amigo, Kujo; a jovem descendente dos lobos cinzentos, isolada do mundo exterior por seu pai, aprende a formar vínculos com as pessoas, descobre a amizade e o valor. Falando assim soa clichê? Talvez, mas funciona muito bem no desenrolar do anime e da trama.
Oh yes, a trama... Outro ponto positivo que se desenvolveu aos poucos em Gosick. Não estamos falando de uma trama complexa, com várias camadas de temas, sutis ou não, mas sim de algo que utilizou do mecanismo de "mistério por arco" da série para se desenvolver e conquistar a atenção de uma forma simples, colocando Victorique numa situação em que sua existência é usada por seu pai para influenciar os rumos de toda a nação de Saubure. Tudo isso articulado junto dos desdobramentos do assassinato da Rainha Coco Rose, da lenda de Leviathan, da tentativa persistente de Cordelia, mãe da heroína, em salvar sua filha de um destino cruel e da dedicação de Kujo em proteger aquela que se tornou sua melhor amiga - e que poderia vir a ser algo mais.
-Finalização
Gosick conseguiu finalizar sua trama sem problemas. Não deixou nenhuma "ponta solta", trouxe os backgrounds que faltavam a alguns personagens (apesar de alguns serem apresentados de forma corrida, vide Brian Roscoe
O episódio final acabou por se mostrar um epílogo, com direito à compaixão do inspetor
-Conclusões sobre a série
Gosick é um entretenimento simples, simpático, que cumpre muito bem seu papel. Como a @beta_blood postou em sua análise do anime no Elfen Lied Brasil, "é bem melhor assistir um anime mediano, mas que te divirta e enterta (e quem sabe, até mesmo te faça suspirar) e da forma mais descompromissada possível se torne uma série que valeu á pena acompanhar do inicio ao fim (e que para alguns se torne inesquecível), do que uma que tenha pseuda-trama adulta e complexa, mas que no fim se revela um verdadeiro fiasco" (Né, [C]? u_ú). É um anime que conta com uma execução primorosa (fora alguns poucos momentos mais entediantes) capaz de trazer á tona o melhor da relação entre os personagens e elevar a emoção nos momentos mais importantes, e uma produção de alta qualidade, com lindos cenários, excelente character design e animação bem-feita.
Te aguardo de volta em No.6, BONES. E que Ikoku Meiro no Croisée e Dantalian no Shoka consigam substituir Gosick mantendo o alto nível.
Nota final: 7,0 (Bom)
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(Não me crucifiquem, por favor. Tenho consciência de que isto não está lá essas coisas. Mas é uma estreia melhor do que eu esperava. ^^)
HUAHUAHUAHUAAHUAHUAHU
ResponderExcluirSim sim Mary, levou muito bem sua análise. Cada um tem seu estilo de escrita e como já disse uma vez a Shoujo-fã, a pratica é a melhor aliada pra dissecar isso e achar o estilo que mais te agrade. E obrigada pela citação :)
Saudações
ResponderExcluirBlog novo na área...
Bem-vinda ao grupo, Mary.
Quanto ao texto, não se preocupe. O tempo determinará "o todo" para ti. A experiência virá pouco à pouco e, quando menos esperar, você estará blogando com uma liberdade ainda maior.
Quanto ao anime, acredito que eu não seja o mais indicado para opinar, pois não assisti o anime. Contudo, o texto em si alimentou um pouco a minha curiosidade. Talvez o veja mais para frente.
Siga em frente.
Até mais!
Penso da mesma maneira...não é um anime extremamente complexo ou complicado que decepciona no final,mas uma história simples,sem muitos pormenores com um final um pouco clichê,mas bem completo.
ResponderExcluirAchei os protagonistas bem bacanas mas quem roubou cena do anime sem duvida foi a mãe da Victorique, pena que ela aparece pouco na série.
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