sábado, 15 de outubro de 2011

Momentos Iniciais da Temporada de Animes Outono 2011

Olá a todos!
Pois bem, começou a Temporada de Animes Outono 2011 e todas as séries anunciadas já marcaram estreia. Que tal agora dar uma conferida nas primeiras impressões de algumas estreias? Breve e sem spoilers, vamos lá...


Bakuman 2

Continuação da primeira temporada de Bakuman, que conta a história da dupla de estudantes Moritaka Mashiro e Akito Takagi em busca de se tornarem juntos famosos artistas de mangás. Baseado no mangá de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, criadores do sucesso Death Note.

Ok, vou ser sincera: Bakuman é legal e tal, mas... Não passa muito disso. A série tem um ritmo constante e alguns personagens secundários interessantes (como Niizuma Eiji); porém algumas relações importantes entre os protagonistas são minimamente convincentes; sem falar que a série não é nenhum guia de como se tornar um mangaká, não se iludam. Esta segunda temporada começa sem nenhuma recapitulação, como se não houvesse nenhuma pausa de um ano entre as duas temporadas. Mesma qualidade, mesmo ritmo; até o momento perfeito para fãs, para o restante requer cautela.

Fate/zero

A Quarta Guerra pelo Santo Graal tem início. Sete Magos são escolhidos e recebem a marca sagrada, podendo invocar heróis lendários como seus Servos para lutar até que reste apenas um vitorioso. O prêmio? A realização de qualquer desejo pelo poder do Graal.

Aos mais entendidos da franquia da Type-Moon: notaram que não fiz referência a Fate/stay night em minha sinopse? Pois bem, não conheço o anime produzido pelo estúdio Deen (cuja história se passa após os eventos de Zero) e por conta disso quase acabo passando esta estreia; porém, esta nova série da Ufotable pode ser compreendida sem conhecimento anterior da franquia, apresentando as informações sobre a trama e suas maquinações de forma eficiente, prendendo a atenção do espectador à narrativa sem cansar ou parecer muito complexa, com uma produção para lá de poderosa (visuais soberbos - principalmente nos cenários - e trilha sonora composta por Yuki Kajiura, claro =D). Com certeza a grande fantasia da temporada, cheia de referência míticas e uma trama um pouco mais adulta.

Chihayafuru

 Chihaya Ayase é a irmã mais nova de uma jovem modelo, e não fica a dever o mesmo potencial em beleza. Porém a garota não liga muito para isso, sendo apaixonada pelo tradicional jogo japonês de cartas karuta - que consiste em identificar e retirar cartas de um conjunto antes de seu adversário - , desde que o conheceu a partir de seu amigo de infância Arata. Agora, o objetivo de Chihaya é tornar-se uma grande campeã de karuta - a maior do Japão e, portanto, maior do mundo.

Josei e esportes; como recusar essa combinação de premissa tão interessante? A adaptação do premiado mangá de Yuki Suetsugu feita pela Madhouse já começa investindo em um character design charmoso, visuais que transbordam sensibilidade e beleza e uma execução que dá prioridade ao background dos personagens, tornando descomplicada a presença do jogo - que para os japoneses é tradicional, mas para nós, ocidentais, é pouco familiar. Outra coisa que vale comentar é a representação de algumas ideias circundando os personagens que podem estar apontando para uma crítica à representação feminina na sociedade japonesa. Com certeza é a grande única aposta josei da temporada.

Mirai Nikki

Bem-vindos a um novo jogo de sobrevivência, adaptado do mangá de Sakae Esuno. Yukiteru Amano é um garoto com sérios problemas em relacionamentos sociais, que escreve um diário no celular como hobby e possui um amigo imaginário, Deus Ex Machina, um deus do Tempo e Espaço. Até que um dia descobre que seu celular consegue registrar previsões do futuro e, após ser salvo de um assassino por sua popular colega de classe Yuno Gasai, descobre que tudo isso faz parte de um jogo organizado por Deus Ex Machina contando com mais outros onze participantes - incluindo Yuno - em que o sobrevivente se torna a nova divindade do Tempo e Espaço.

Em primeiro lugar: não conheço o mangá original. Em segundo lugar: não é que eu tenha achado a estreia ruim, apenas fraca. A animação é sofrível, com character design básico, cores enjoativas e um CG no final que deixa a transparecer polígonos (sério); quanto ao enredo, possui uma ideia interessante mas os fatos parecem apresentados com um fio narrativo fraco - não como se não houvesse conexão entre eles, é mais como se ela não bastasse para causar a tensão pretendida - tensão que acaba sendo forçada a partir de uma trilha sonora que até tem uma boa qualidade porém é utilizada com um exagero que torna certas cenas artificiais. Sem falar no clímax da luta no final... Me deixou besta de tanto amadorismo.

Um thriller de suspense e sobrevivência poderia até ser interessante (ainda mais com uma personagem como Yuno), mas com esse tipo de estreia não empolga muito. Pena.

Un-Go

Conheça Shinjuro Yuuki, o conhecido "Detetive Derrotado", e seu jovem assistente de aparência extravagante Inga. Juntos, os dois formam uma dupla de detetives em um Japão pós-guerra. Baseado na novel Meiji Kaika Ango Torimono-chō de Ango Sakaguchi, produzido pelo estúdio Bones com roteiro de Shou Aikawa e direção de Seiji Mizushima, a mesma dupla responsável pelo primeiro Fullmetal Alchemist.

Mais um anime Bones no Noitamina, trazendo pela segunda vez o gênero detetivesco para o histórico do estúdio. Mas a questão é que até o momento, com apenas um episódio, Un-Go é uma quase completa incógnita. A princípio os personagens parecem do tipo mais maduro - mesmo a filha do detetive   , Rie, apesar de pouco ter participado parece do tipo que cresce ao longo da série - , e dentro de um formato episódico isso pode funcionar muito bem. A questão é se a série vai sofrer de uma questão semelhante a de Gosick: complexidade dos mistérios. Un-Go notavelmente envolve algum fator sobrenatural, e já foi mostrado que isso pode ser usado como conveniência durante a solução dos casos; temos aqui um sério risco de que isso reduza a qualidade ou tire o gosto da resolução dos mistérios. No caso de Gosick, apesar dos mistérios terem pouco desenvolvimento, uma trama mediana porém executada de forma quase impecável sustentaram muito bem a série; se isso se repetirá com Un-Go e onde as respostas sobre a trama levarão, não tem como imaginar agora. Mas pelo menos o anime tem sucesso em manter a atenção para esperar por essas respostas.

Guilty Crown

O ano é 2039; após ser devastado por um vírus, o Japão reegue-se aos poucos, porém às custas do controle de outras nações. É nesse cenário que o jovem Shu, um jovem apático, fechado e submisso, acaba encontrando sua ídolo Inori Yuzuriha em sua "sala secreta". Após descobrir que ela é uma terrorista e vê-la sendo capturada sem fazer nada, Shu se envolve no conflito entre as forças dominantes e os terroristas denominados Undertakers, e acaba recebendo um novo poder, que com certeza o tornará peça essencial nos batalhas que seguirão.

Que essa série não tem a menor cara de Noitamina é claro; isto aqui é uma óbvia isca de otaku, e com certeza vai cumprir - e já está cumprindo - essa função muito bem. Não me levem a mal; eu mesma já assisti o primeiro episódio duas vezes. Os visuais de Guilty Crown produzidos pela Production I.G. são maravilhosos, cheios de vida e um esmero em cor e luz (ouviu, Mirai Nikki?), a animação é empolgante, garantindo as melhores cenas de ação da temporada até o momento e a música marca o clima com perfeição; tecnicamente é a melhor produção da temporada, mais exuberante até mesmo do que Fate/zero (que ainda assim estreou melhor, levando em conta o potencial da trama ). Quanto ao enredo, não exerce muita originalidade: notavelmente é uma montagem de conceitos de outras séries, a comparação mais gritante que podemos obter aqui é com Code Geass - a principal diferença fica por conta do perfil do protagonista, que é um desiludido sem muita atitude ao contrário do filho rejeitado do imperador da Britannia louco para colocar o império natal de joelhos com seu novo poder. Porém, até o momento a direção se mostrou competente em empolgar unindo toda a qualidade técnica numa série que deve cumprir seu puro propósito de entreter descompromissadamente sem ofender a inteligência de ninguém (espero). Mas rezem para manter a qualidade de animação e direção em um nível constante ao longo de toda a série, senão não compensará muito.

Pretendia incluir ainda Gundam AGE e Last Exile: Ginyoku no Fam, mas o primeiro ainda não conferi e o segundo por enquanto ainda não está disponível por nenhum fansub - o que honestamente me decepciona. E são essas algumas das estreias do Outono 2011, que logo se mostrou mais empolgante do que esperava.

E vocês, o que estão achando das estreias de fim de ano?

11 comentários:

  1. Saudações

    Dos animes que você citou, vejo
    Chihayafuru como o melhor, seguido por Fate/Zero e por Un-GO.

    Aliás, Un-GO é uma grande incógnita para mim também. Mas ainda concentro grandes expectativas para esta série.

    Até mais!

    ResponderExcluir
  2. Dos que citou,só não assisti Un-Go.
    Fate/Zero pode ser assistido sem a ajuda da primeira versão. Para a sorte de vocês. Não gostei do Fate Stay (assisti porque não tinha nada pra ver #épocadasvacasmagras).

    ResponderExcluir
  3. Fate/stay inevitavelmente acabarei assistindo, por curiosidade de saber como continua a história. Mas não espero nem de longe a qualidade de Zero.

    ResponderExcluir
  4. Bom, acredito que tanto Fate/Zero, quanto Guilty Crown, se equiparam em qualidade técnica, ao menos por enquanto. A tendência é que Fate/Zero seja o melhor nesse sentido, pela riqueza de detalhes, uso de luzes, CG e toda cenografia exuberante - mas isso só o tempo dirá. Guilty visualmente é muito bom, apesar de não saberem casar bem o CG ao cenário, como comentou o Did.

    Ah, adorei seus comentários Mary, estão ótimos. Espero que continue blogando por muito tempo =)

    ResponderExcluir
  5. Em Fate/zero acredito que os cenários são os melhores até agora, mas em Guilty Crown notei cores e animação mais soberbas. Production I.G. abusou de orçamento, nem precisou de ângulos de câmera mais estratégicos como ocorreu em F/0 - que ainda assim é minha melhor aposta da temporada, empatado com Chihayafuru.
    Valeu pelo apoio, pessoal. ^.^

    ResponderExcluir
  6. Gostei do vizual do blog. Diferente com o roxo e o rosa, mas legal.

    Então, Chihayafuru acho que está sendo um dos animes que está mais me surpreendendo nesta temporada. O character design é perfeito e dá vontade de ficar assistindo por horas, me dão uma sensação legal os cenários e os personagens, muito bem ambientado.

    Erm, eu ia subscrever o blog mas não consigo achar onde está a box de inscrição. Vou adicionar nos favoritos pra depois adicionar então. Abraços.

    ResponderExcluir
  7. @Semper

    Chihayafuru está muito lindo, tem uma atmosfera muito suave e relaxante. Altas expectativas com ele.
    Ah, o box de inscrição está abaixo da coluna de Aliados. ^.^

    ResponderExcluir
  8. Mas apesar de Chihafuyuru estar sendo legal e tals, aposto 10 conto que vai acontecer alguma tragédia. :D

    ResponderExcluir
  9. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  10. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  11. Antes de mais nada, parabéns pelo blog.
    Concordp com o M. Chihayafuru vai ter tragédia. E eu particulaemente não gosto de dramalhões e tals. Acho muito deprê, prefiro as comédias. Vou deixar em stand by e esperar o final pra ver se vale a pena assistir.
    Quanto ao resto estou assistindo Un-go, guilty e F/0. Até gosto do mangá de Bakuman (poucas semanasa atrás dos gringos), mas 20 minutos daquilo em anime realmente é muito chato.

    ResponderExcluir

Seja bem-vindo à seção de comentários. Fique livre para expressar sua opinião sobre o assunto em questão, mas atenção: seja educado e respeite as opiniões alheias. =)