quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Retrospectivas 2011 Parte II: Destaques Especiais do Ano



Pois bem, comentadas as melhores séries do ano no post anterior, chegou a hora da segunda parte do Starlight Year Awards, desta vez comentando algumas outras categorias de destaque das animações do ano - vamos agora falar de personagens, estúdios, decepções, recepções do fandom e mais algumas aleatoridades.

E mais uma vez, uma postagem voltada a troca de opiniões, tudo para alimentar as boas lembranças de 2011, um ano ótimo para a animação japonesa. Prontos?




[Categoria 1: Personagens]


Melhor Protagonista Masculino:
Kotetsu T. Kaburagi (Wild Tiger) - Tiger & Bunny


Honestamente? Minha suspeitas apresentadas [aqui] de que Kotetsu poderia ser o melhor protagonista do ano se confirmaram. Altamente simpático, humano e atrapalhado, o herói paizão é um dos fortes motivos de Tiger & Bunny ter sido tão divertido.
E recomendo também o texto do Leonardo Kitsune do VideoQuest, relacionando o personagem com o contexto de carisma (Reciclo-Quest 01: Kotetsu Kaburagi, e o Conceito de Carisma), uma ótima leitura.

Melhor Protagonista Feminino:
Homura Akemi - Puella Magi Madoka Magica


E eis a fria Mahou Shoujo, que ao final de Madoka Magica mostra-se a grande protagonista da série. Aquela que a princípio era distante e sombria, revelase ao final do anime como uma personagem com o mais nobre sentimento de proteger aquela a quem amava, Madoka, passando de uma mahou shoujo desajeitada a uma lutadora determinada a partir de uma forte pressão psicológica. Alguma outra personagem de 2011, faz melhor? (e olha que tivemos uma boa dose de personagens fortes esse ano...)

[Categoria 2: Animes]

Maior Decepção:
[C] Control (Tatsunoko Productions)


Imagino que nesta algumas pessoas preferem classificar Fractale, Blood-C ou até Guilty Crown; só que neste caso não assisti Fractale, Blood-C polarizou opiniões (houve parte do público que amou) e Guilty Crown já causava desconfiança. Portanto prefiro incluir aqui [C], que tinha vários pontos de vista interessantes sobre dinheiro e economia mas não soube trabalhar nenhum.

Vamos exemplificar de uma forma não-muito-eficiente, mas tudo bem o que houve na série. Pensem numa pessoa que está realizando atividade X, mas interrompe para realizar atividade Y e depois passa a fazer atividade Z, sem terminar nenhuma. A execução de [C] foi por volta deste raciocínio: saltou de ideia em ideia sem explorar com força nenhuma, deixando um tanto de questões em um final horrivelmente confuso. 

Melhor Anime que Não Assisti (aposta):
Natsume Yuujinchou San (Brains Base)


Senhoras e senhores, sou uma pecadora. Só comecei a assistir Natsume Yuujinchou esta semana, e encontro-me na metade da primeira temporada. Levando em conta como a série tem se conduzido de forma tranquila e coerente e como os comentários da terceira temporada são bons, acredito que preciso assisti-la o quanto antes. E espero terminar a tempo de começar a quarta temporada, que já estreou, para o post de Primeiras Impressões da Temporada de Inverno 2012.

[EDIT 13/01/2012: OH GOSH. Acho que esta aposta estava correta mesmo.]

Anime Mais Desvalorizado:
Hourou Musuko (AIC)


Pensaram que eu escolheria Un-Go ou Dantalian, né? xD Hourou Musuko com certeza não é um anime para todos, com seu ritmo lento, mas honestamente, acho que merecia mais chances do que recebe do público. É uma investida sincera, delicada e de alta qualidade artística em temas relativos à sexualidade e amadurecimento de uma forma que poucos autores e produtores tem coragem de fazer. E eu preciso começar a ler o mangá logo.
(Artigo Recomendado: Hourou Musuko [Nahel Argama])

[Categoria 3: Openings e Endings]

Melhor Opening:
Empate: LiSA - Oath Sign (Fate/zero) e Yucca - Cras Nunquam Scire (Dantalian no Shoka)









Impossível desempatar aqui. Sobre a abertura de Fate/zero, apenas uma coisa: uma amostra clara da qualidade visual da série, exuberando ótimas cores e uma bela animação, além de apresentar um pouco de cada um dos Mestres e Servos. Sem falar que a música da LiSA é empolgante de ouvir... Quanto a abertura de Dantalian, apesar de inconscientemente causar algumas expectativas desnecessárias (pelo menos foi meu caso), reúne o melhor da arte mais linda de 2011 com uma música de arrepiar. 

Melhor Ending:
LAMA - Fantasy (Un-Go)





Mesmo entre aqueles que não curtiram o anime, a ending de Un-Go conquista admiradores - é sério. Fantasy  é uma música do LAMA bem melhor do que a opening de No.6 (Spell), e consegue transmitir o clima do anime com exatidão. O colorido usado nos painéis com os personagens é agradável também.

[Categoria 4: Estúdios]

Melhor Estúdio do Ano:
Empate: Brains Base (Mawaru Penguindrum, Kamisama Dolls) e BONES (Gosick, Un-Go)

Sejamos honestos, todo estúdio deu ao menos uma escorregadinha em 2011. Só que quando a maior escorregada do BONES é a conclusão de No.6 ao passo de que Gosick e Un-Go mantém um nível acima da média e a maior escorregada do Brains Base é um Kamisama Dolls ao passo que produz o tão criativo Mawaru Penguindrum, temos aí dois estúdios dignos de nota. Sorry Production I.G., mas se não tivesse polarizado o público com Blood-C ou feito uma primeira metade bonita porém vazia de Guilty Crown, talvez tivessem ganho a categoria aqui.

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É assim que terminam as premiações e retrospectivas 2011 do Starlight Year Awards. Mesmo esquema do post anterior: livres para discordar ou concordar e apresentar suas próprias opções nas categorias indicadas.

Encerrando essa dupla de postagens, gostaria de colocar aqui alguns comentários conclusivos. Claramente este foi um ano muito bacana para a animação japonesa - claro que eu comecei há um ano a acompanhar animes em suas temporadas e posso estar sendo influenciada por isso, mas não esperava um ano com tantas obras memoráveis. Mesmo algumas não-citadas aqui nestas postagens como Ikoku Meiro no Croisée, o X-Men da criticada parceria MarvelXMadhouse (criticada com razão, né Iron Man e Wolverine?) e até o mediano mas bem-feito para seu público Ao no Exorcist tiveram bons  momentos a ficarem registrados.

E torçamos para que 2012 seja um ano notável também. Logo começam as primeiras impressões da Temporada de Inverno blogosfera afora, e o Across The Starlight não ficará de fora, seguindo seu modelo já tradicional.

Fico por aqui hoje. Até a próxima!

3 comentários:

  1. :)
    And the Oscar goes to...

    *Nas categorias Melhor Protagonista Masculino e Feminino deve encontrar mais concordância.

    *Na categoria Melhor Anime que Não Assisti (aposta):Natsume Yuujinchou San (Brains Base)
    é a mais pessoal de todas.

    *Em '[Categoria 3: Openings e Endings]' é a que a discordância desequilibraria mais.

    *Em Melhor Estúdio do Ano muitos devem tender ao Ufotable pelo apelo de Fate Zero e outros tantos mais cults prefeririam Brains Base graças ao "ame ou deixe-o" Mawaru Penguindrum.

    *Já em "Maior Decepção" e "Anime Mais
    Desvalorizado" expectativas oscilantes causadas
    por propagandas e atenções divididas entre os "hits" que foram surgindo.

    Balanço da obra : Não tem unanimidade...Ainda bem! =-]

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  2. Post excelente Mary, até rir em alguns momentos com suas pausas costumeiras que interrompem o fluxo da leitura. É, a coisa tá feia pro lado do Production IG, hein? Boa sorte para eles nesse ano de 2012.

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  3. um pouco atrasada para responder ^_^'

    @Anônimo

    Melhor Anime que Não Assisti foi a categoria mais pessoal mesmo. E estou confirmando isso, já que comecei a assistir há pouco tempo e o nível de Natsume Yuujinchou continua alto como sempre. De quebra acaba confirmando minha escolha de melhor estúdio pelo Brains Base.

    Openings e Ending é sempre mais complicado de escolher, não há tantos parâmetros fortes a julgar.

    E as categorias de Decepção e Mais Desvalorizado foram justamente pelo hype. Um Guilty Crown incomoda mais por ser puramente fraco do que por causar expectativas. E Hourou Musuko foi o que mais vi em baixa, pela temática.

    @Roberta

    Hehe xD Tomara que melhorem mesmo. Não sei se começaram muito bem com a concepção de Rinne no Lagrange que tem sido uma animação mal comentada da Xebec, mas ainda há chão pela frente.

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